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Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) no CID-11: avanços e perspectivas

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica amplamente estudada e que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. No contexto da Classificação Internacional de Doenças, 11ª edição (CID-11), publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), houve mudanças significativas que impactaram a maneira como o TDAH é classificado e abordado. 

Reestruturação e Definição do TDAH no CID-11

Na CID-11, o TDAH é classificado sob o código 6A05, na seção de “Transtornos do Neurodesenvolvimento”. Essa categoria abrange condições que surgem no período de desenvolvimento e resultam em déficits no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou ocupacional. O CID-11 oferece uma descrição mais detalhada do TDAH, enfatizando seus principais sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Isso permite diagnósticos mais precisos e personalizados, facilitando intervenções que atendam melhor às necessidades individuais dos pacientes.

Critérios Diagnósticos e Abordagem Terapêutica

Os critérios diagnósticos do TDAH no CID-11 incluem a presença persistente de sintomas de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interferem no funcionamento ou desenvolvimento. Além disso, é necessário que esses sintomas estejam presentes em mais de um ambiente (por exemplo, em casa e na escola) e que estejam associados a um comprometimento significativo.

A abordagem terapêutica do TDAH enfatiza tanto o tratamento medicamentoso quanto as intervenções psicossociais. Medicamentos como estimulantes (metilfenidato e anfetaminas) e não-estimulantes (atomoxetina) são frequentemente utilizados, combinados com terapias comportamentais e apoio educacional. O CID-11 destaca a importância de um plano de tratamento individualizado, levando em consideração as características específicas de cada paciente.

Impacto e Importância da Atualização

A atualização do CID-11 reflete os avanços recentes na compreensão científica do TDAH. A inclusão de uma definição mais abrangente e detalhada permite que profissionais de saúde realizem diagnósticos mais precisos e ofereçam tratamentos mais eficazes. Além disso, a digitalização da CID-11 facilita o acesso e a utilização por profissionais de saúde em todo o mundo, promovendo uma prática clínica mais consistente e baseada em evidências.

O TDAH no CID-11 representa um avanço significativo no entendimento e na gestão dessa condição. As mudanças introduzidas pela OMS refletem o compromisso com a melhoria da saúde mental e do bem-estar dos pacientes. Com uma abordagem mais detalhada e personalizada, espera-se que os diagnósticos sejam mais precisos e os tratamentos mais eficazes, beneficiando milhões de pessoas afetadas pelo TDAH em todo o mundo.

O que é Atomoxetina?

A atomoxetina é um inibidor seletivo da recaptação de norepinefrina. Isso significa que ela aumenta a disponibilidade de norepinefrina e dopamina no cérebro, o que ajuda a melhorar a atenção e reduzir a impulsividade e hiperatividade1.

Indicações

A atomoxetina é indicada para o tratamento do TDAH em pacientes adultos, adolescentes e crianças com mais de 6 anos de idade. Ela é uma alternativa aos medicamentos estimulantes, como metilfenidato e anfetaminas, e é especialmente útil para pacientes que podem ter contraindicações ou efeitos colaterais com esses medicamentos2.

Mecanismo de Ação

Ao aumentar a disponibilidade de noradrenalina e dopamina no córtex pré-frontal, a atomoxetina ajuda a melhorar a capacidade de atenção e foco, além de reduzir a impulsividade e hiperatividade.

Efeitos Colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns incluem náusea, perda de apetite, sonolência, dor de cabeça e tontura. Em alguns casos, pode haver aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, por isso é importante monitorar esses parâmetros durante o tratamento3.

Precauções

A atomoxetina não deve ser utilizada por pessoas com histórico de feocromocitoma, glaucoma de ângulo estreito, doenças cardiovasculares graves ou hipertireoidismo não controlado. Também é necessário ter cuidado ao interromper o uso do medicamento, pois pode ser necessário uma redução gradual da dose para evitar sintomas de abstinência.

Como Usar

A atomoxetina é administrada em cápsulas e pode ser tomada com ou sem alimentos. É importante seguir a prescrição médica e não abrir, triturar ou mastigar as cápsulas1.

Vantagens

Uma das principais vantagens da atomoxetina é que ela não é um estimulante, o que reduz o risco de abuso e dependência. Além disso, pode ser uma opção mais segura para pacientes que não toleram bem os medicamentos estimulantes2.

Leia também CID-11: Um Passo Adiante na Padronização de Diagnósticos Globais – normandosiqueira.com.br

Normando Siqueira Carneiro

Normando Siqueira Carneiro e advogado especialista em Direito da Saúde e Médico. Pós-graduado em Direito Civil PUC, Processo Civil PUC, Direito da Saúde e Médico PUC, professor universitário e Secretário-Geral da Comissão de Exame de Ordem da OAB-PE.

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